Profusão de mulheres,armas e efeitos

Elvira, Andréa, Lolita... Não sei que nome dar a todas as mulheres que coexistem dentro de mim nem a todas que ainda virão habitar nessa morada.
Elas gritam, esperneiam, xingam, amam, sofrem...Cada uma à sua maneira. Uma ama a vida intensamente, a folia, a luxúria, a bebedeira e a boemia. Outra tem adoração pelo belo, cinema, artes, literatura. Existe a alcoviteira, bisbilhoteira, dada a mexericos maldosos. Há ainda a louca, insana, neurótica, revoltada, com os nervos à flor da pele. Todas são eu e eu sou todas. Completamo-nos. Formamos um caleidoscópio. A cada movimento, vagaroso ou brusco, nos transformamos.
Anseio pelo encontro com o príncipe encantado ou com o bardo galanteador...Quiçá aguarde um aventureiro rústico ou um embolorado funcionário de repartição pública... Espada, harpa, revólver, carimbo...Não sei qual a arma que poderá me arrebatar...Apenas entendo que seu golpe tem de ser preciso e fatal ou não surtirá nenhum efeito. Os ferimentos têm de ser profundos, atingir todas as camadas da derme e todas as bruxas que ardem na fogueira do meu coração. Elas hão de gritar de dor e prazer.

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