Unidas por um nome e pela busca do mesmo sonho

Eram tantas e tão diferentes Andreas, Andréas, Andreias e Andréias. Havia louras (naturais, somente duas), morenas claras, negras, orientais, magras, gordinhas, jovens e maduras. Todas ali com o objetivo de dar um up grade na carreira, enfrentar novos desafios e ter a oportunidade de aprender um novo ofício.

Por trás daqueles rostos compenetrados, quantos sonhos reinavam? O que cada uma daquelas mulheres, com nomes iguais, mas histórias de vida distintas, buscava? É tão estranho ter a percepção de que seu nome é replicado massivamente, mas torna-se exclusivo quando unido a outro sobrenome, código genético, numeração de documentos ou exposto a experiências específicas de outrem.

O que há, afinal, em comum entre as brasileiras de mesmo nome e realidades sociais díspares? Alegres e descontraídas, algumas conversavam sobre as cidades em que moravam, filhos, amenidades e outros assuntos sobre os quais não me detive; outras, assim como eu, ficaram caladas, ensimesmadas, à espera do start para, quem sabe, conquistar uma vida diferente.

De origem grega, as variações de Andrea, Andréa, Andreia e Andréia carregam em seu significado força, virilidade e lealdade. Não é estranho entender porque em alguns países como Itália e Alemanha esse nome é empregado na forma masculina. Pode até se tornar Andreas.

Unidas pelos nomes e pelo objetivo comum, por algumas horas éramos uma pequena parcela do universo de pesssoas focadas em mudar seu rumo. Será que a vida nos posicionará frente a frente por alguma nova razão? A resposta pode ser sim ou não, mas a etimologia do nome e a atitude daquelas mulheres estarão ao seu lado para que consigam chegar ao seu destino. Afinal, travar batalhas diárias está entre as atribuições que lhes foram legadas no nascimento.

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