Rainhas em Guerra

Em cartaz no Teatro Tucarena, em São Paulo, a peça Rainhas apresenta o duelo travado por duas mulheres, ora personificando as monarcas Maria Stuart e Elizabeth I, ora assumindo personalidades de atrizes em conflito entre si e com seus próprios sentimentos.

As atrizes entram em cena ainda sem os figurinos de época e iniciam o espetáculo com digressões variadas e, aos poucos, vão se caracterizando como as rainhas do título e proferindo textos da obra de Fredrich Schiller, que discorre sobre o embate das mulheres pelo trono da Inglaterra no século XVI. Na história original, Maria e Elizabeth eram primas. A primeira casou-se três vezes, era bela e hábil, e assumiu o comando dos tronos francês e escocês e conspirou para arrematar a posição de Elizabeth. Esta, por sua vez, foi alcunhada de A Rainha Virgem.

Fruto do casamento entre Henrique VIII e Ana Bolena, Elizabeth reinou até os 69 anos e nunca se casou. Deu ordem para que a prima fosse encerrada em uma prisão, após Maria fugir da Escócia onde se envolveu em polêmicos acontecimentos, e pedir asilo na Inglaterra. Maria tentou armar um contra-ataque e tomar o trono para si, mas a tentativa foi frustrada, e, após 18 anos encarcerada, acabou decapitada.

O encontro das rivais nunca aconteceu de fato, mas o autor reconstituiu a cena, na ficção, de forma dramática, representada aqui pelas atrizes Georgette Fadel e Isabel Teixeira com carga dramática intensa, luz inspiradora e elementos cênicos elevados ao nível de personagens secundários.

Postagens mais visitadas