Barcos à deriva

Tombar para crescer e crescer e tombar. A gente planta a semente para originar a linda flor e as folhas caem e alimentam a terra.
Os sonhos são acalentados, ninados, como pequenas e frágeis criaturas. O curso dos acontecimentos os adiam, os modificam ou faz com que se transformem em meros caprichos sem fundamento.
Somos realmente finitos nesse espaço terreno. Somos tão pequenos diante da grandeza da História, das ambições, das transformações globais. Esse aspecto é o que mais nos amedronta: a finitude.
Um grito, um eco que morre antes de alcançar o destino que queríamos dar a ele. Muitos gritos são sufocados ou sua intensidade é aplacada e convertida em sussuro.
O que sou e para onde vou? Duas perguntas básicas que assolam a humanidade. Não há respostas definitivas nem comprovadas cientificamente.
Nosso barco está sempre à deriva...

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