Educação para disseminação de valores cidadãos


Ser cidadão é mais do que votar, associar-se em grupos de classe, ter liberdade de expressão, direito de ir e vir, entre outros. Pensar em cidadania remete à questão de inclusão social, transformar a sociedade e possibilitar que todas as pessoas consigam conquistar dignidade. Educação e cultura são os instrumentos mais eficazes na disseminação desses valores.
Políticas emergenciais como Fome Zero, Toda Criança na Escola e campanhas que visam à arrecadação de fundos, alimentos, vestuário e brinquedos são importantes – no entanto, constituem apenas recursos paliativos.
Precisa-se criar condições favoráveis à difusão do conhecimento. Alfabetizar a população – sabe-se que já há iniciativas nesse sentido – é apenas o primeiro passo. A etapa seguinte é a capacitação de professores e estruturação das escolas públicas.
Investe-se na construção de presídios, mas não se criam programas suficientes de reabilitação dos detentos para futura reinserção na sociedade. Constroem-se escolas, mas não há preocupação na qualidade do ensino. A criança que tem uma oportunidade no presente, deixa de ser o delinqüente do futuro.
Projetos interdisciplinares são uma boa alternativa para se incrementar os conteúdos ensinados aos alunos. Semanas temáticas, aulas fora da sala de aula e dinâmicas que envolvam texto, desenho, ciências e resolução de problemas matemáticos do cotidiano são exemplos de como se pode aliar a teoria tradicional à realidade das crianças.
As Ong’s têm desempenhado um papel fundamental no que se refere às questões cidadãs, mas o poder público tem responsabilidade para com a população que o escolheu com o intuito de cuidar dos seus interesses. A finalidade do recolhimento dos impostos deve ser a promoção do bem-estar social em primeiro lugar. A sociedade deve se mobilizar e fundar associações dissociadas do governo, mas também não deve esquecer de fiscalizar os atos deste para saber quais os critérios utilizados na aplicação dos recursos destinados às causas sociais.

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