Crise e quebra de paradigmas

O que é uma crise? A primeira resposta que vem à cabeça é que crise é a falência de um modelo que já foi testado, aprovado, mas que não funciona mais. Houve um processo completo: o nascimento, o apogeu e a decadência. Algo quase orgânico e inerente a todas as pessoas, fatos e instituições.

A identificação desse momento, seja da economia, da vida pública ou privada, requer medidas ágeis e definitivas. Estudar as possíveis causas, entender as nuances do problema e criar planos de ação para o desenho de soluções são as medidas básicas para erradicação da crise. E se todas as tentativas possíveis se mostrarem ineficientes, a saída é descartar o modelo antigo e reconhecer que ele está ultrapassado.

Causa choque a admissão de que um processo, no qual muitos recursos foram investidos, tornou-se falho. Mas, como o ser humano e os sistemas têm capacidade de reinvenção, adaptação e concepções de novas formas de fazer qualquer coisa, a única atitude factível é o recomeço do processo. A pane é necessária para renovação de ideias, sentimentos, pessoas e realidades. Trata-se da reorganização do caos, de modo que ele proporcione ganhos mais significativos.

Nada é novidade nesse mundo plural, conectado e interativo. Os medos, as tristezas, os sonhos, as vidas, os defeitos, as fraquezas não sofreram qualquer variação através dos tempos. A diferenciação de uma situação para outra advém do talento do maestro em fazer seus músicos se superarem e produzirem melodias cada vez mais harmônicas e perfeitas.

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