Basta de violência contra a mulher!

O dia 25 de novembro é dedicado à luta para erradicação da violência contra a mulher. Por mais que informações e relatos sobre este assunto circulem o mundo, os reflexos da violência ainda são assustadores. Uma em cada três mulheres será estuprada, violentada ou espancada em algum momento da sua vida, de acordo com o Unifem, Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher.

As vítimas que mais sofrem com esses abusos são aquelas viventes em países subdesenvolvidos, com instituições políticas frágeis, pobres, sem acesso à educação e dominadas por culturas que justificam esses crimes e absolvem os agressores. No entanto, elas não estão sós.



Mulheres instruídas, atuantes no mercado de trabalho, habitantes de centros urbanos também são abusadas. E também se calam. O silêncio e a omissão acabam se tornando a saída para que suas vidas não sejam devassadas por perguntas, escárnio, e, muitas vezes, até pelo descrédito alheio em relação ao seu drama.

Nós, mulheres, somos muito lenientes. Procuramos desculpas para as atitudes boçais desse tipo de homem que nos subjuga e nos inflige violência. Conheço mulheres que são assediadas moralmente, fisicamente, e ainda acreditam ter culpa por aquilo que sofrem. Basta de complexo de Eva! A maçã foi mordida e por isso todas as mulheres merecem o inferno diário? Apanham e ainda assumem a culpa pela fraqueza de caráter e brutalidade de seus algozes?

Em todas as culturas muitas mulheres se tornam o “saco de areia” dos seus companheiros. Nelas, essas bestas descontam suas frustrações por falta de capacidade de lidar com problemas ou de buscar soluções para questões como falta de trabalho, desilusões de diversas ordens etc. Até quando vamos carregar um peso que não é nosso e nos submeter à ira desses brutos?

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