Chega!

Estou cansada, como acredito que muitos estejam, de acessar a página na internet de jornais e revistas e só ler desgraças. Estudei por anos a fio as teorias da comunicação, mas ainda não consigo chegar à conclusão se é o mundo que está mais cão do que nunca ou se os veículos só consideram notícia o que causa comoção, revolta ou nojo na população.



Hoje lendo a home da Folha fiquei mais consternada. Em uma varredura visual rápida, fiquei sabendo que o filho do Sarney deu um golpe no PAC; a inadimplência cresceu no país; o número de mortos em terromoto ocorrido na China aumenta a cada dia.
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As chuvas recentemente arrasaram o Rio de Janeiro e terremotos acabaram com o Chile e o Haiti, deixando histórias de perdas, desabrigados, mortos, desconsolados. Meu discurso aqui varia entre a análise da cobertura midiática sobre essas tragédias e a minha própria tristeza diante do caos. Como viver a "vida normal", fazer planos, pagar contas, ir a festas e casamentos, enquanto o mundo está desabando sobre nossas cabeças?
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Que os veículos de comunicação exploram os fatos para elevar os índices de audiência ninguém duvida, mas que as coisas estão "fora da ordem" (não, Caê?), ah, isso estão. O Haiti é aqui? Pergunto-me isso todos os dias. Junto a esta indagação, soma-se outra: o que eu, no alto do meu 1,65 de altura, posso fazer sozinha para atenuar tanta dor? E o meu sorriso, como faço para cultivá-lo convivendo com tanta sujeira e descaso dos que tem o poder da caneta para mudar essas realidades?

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