Inteligência artificial

As mudanças são rápidas, avassaladoras. Somos inúmeras vezes tragados pelos acontecimentos, sem que tenhamos tempo para entender o que nos acomete. A vida parece tão elementar, mas, olhando com um pouco mais de cuidado, percebemos o quão complexa é. Tudo é volátil, transitório. A areia da ampulheta desce sem pausa. Não dá tempo nem de digerir certos fatos e outros já nos devoram.

Quisera ter constituição robótica para processar tudo com facilidade, sem sofrer, sem me magoar. A inteligência artificial também seria útil para calcular os processos e detectar as falhas. As respostas para os problemas, para os desencontros e decepções seriam exatas, herméticas. Sendo assim, o dano seria reparado, dando condições de seguir em frente com mais facilidade.

Mas não é assim. Tudo se encadeia tão rapidamente e sem clemência como uma cena de filme de aventura em que o mocinho se vê engolido pela areia movediça, ou por uma enxurrada, avalanche, terremoto...as catástrofes não mandam e-mail, carta, telegrama...Temos que nos adaptar, mesmo sem a citada capacidade de cálculo das máquinas.

Embora a exatidão não seja nossa principal característica, há quem meça a vida em percentuais. No amor, nos negócios, nas dificuldades. Que poder glorioso esse de quantificar o quanto de si deve ser dado a cada aspecto da vida. São espécimes raros, mas será que mais evoluídos???
Difícil resposta, uma vez que ninguém sabe com precisão o que o futuro reserva.

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