Escapismo

Tempo, tempo, tempo, tempo...Todos os dias, uma nova chance de aprender algo diferente. De mudar o futuro, que começará dali a milésimos de segundo. Decisões antecedem consequências, que antecedem outras decisões. Somos moldados pela vida que levamos, pelo meio em que vivemos e pelas escolhas feitas até então. Como acertar? Ou pelo menos saber se após os erros, alguma lição foi assimilada? Quero saber, conhecer, refletir...mas há outro fator presente nessa caminhada: o medo.

Medo de quê? De quebrar a cara, dar margem às críticas alheias, não obter êxito em uma cruzada de vida e morte? Isso é desculpa para a estagnação? Ou não? É uma barreira a ser rompida, custe o que custar? Talvez uma ponte a ser desbravada, mas o que nos espera do outro lado?

Na infância, o medo está sob nossas camas...queremos expulsar os monstros que ali residem. Na fase adulta, esses seres são abstratos, mas têm nomes. Conhecemos as alcunhas das criaturas malditas, mas preferimos deixá-las encerradas em um baú. Até que um dia a caixa de Pandora se abre e não temos como escapar.

Mas podemos recorrer ao escapismo...um filme bom, o aroma de um prato deliciosamente condimentado, o barulho de um rio caudaloso, a voz de uma criança brincando...sentidos aguçados, pensamentos voam longe. E assim o ciclo consuma-se: oásis-deserto e vice-versa.

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