Frágeis construções

Estou longe dos meus problemas - pelo menos dos mais prementes - mais os sinto bem perto, como estacas cotidianas, que estão sempre na iminência de desferir o ataque. Reflito sobre o que construímos e acerca da fragilidade das nossas construções. Um amor triste, uma saudade que não cala, um frio na espinha que não cessa. É um tipo de sentimento quase inexplicável, mas constante, meio sub-reptício. Quando deflagrado, murcha a alegria imediata, mina os projetos a curto prazo. É o enigma da natureza humana. Amar e não compreender o que se sente direito, estar em certos lugares com a cabeça em outros, sentir o coração pequeno e apertado sem conseguir traçar um quadro claro sobre o que se desenrola. Mesmo assim temos que seguir...mudos, meio perdidos, mas rumo a um caminho que possibilite que aspectos mais sólidos sejam possíveis. O vazio continua lá...sempre estará...mas a dor um dia há de se findar.

Postagens mais visitadas