Infinito Imperativo

Eu varro meu passado.
Luto insistentemente para que ele deixe de me perseguir.
Suprimo palavras, elimino sentimentos, extermino lembranças.
Partes insurgentes de um quebra-cabeças ingrato.
Tento adicionar novas peças, que nunca se encaixam adequedamente.
Preciso de páginas em branco, de novas perspectivas, de um novo rumo, de dias mais felizes.
Acho que todos queremos ser mais sorridentes e menos patéticos.
Queria não sofrer do mal chamado autopiedade.
Sofro com e sem motivos. Sofro por não ter identificação com os que me cercam e com a realidade.
Simplesmente às vezes não tenho mais vontade e me entrego ao pessimismo.
Agora preciso dormir. Levantar. Trabalhar. Até quando?
O infinitivo será que é infinito? Trabalhe. Durma. Trabalhe. Imperativamente.
Sou apenas mais uma peça desconectada da alma do mundo.
Alguém à procura de respostas...
Para perguntas que ainda não conseguiu formular!

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