Amor bélico

Looping. De emoções, de hábitos, de dilemas. Cá estou sentindo um machucado antigo doer de novo. A cura completa existe ou será um unicórnio?

Quando acho que sei, erro de novo, e tenho um medo enorme de perder o que amo.

Amar é deixar liberto, respeitar o espaço alheio e ser não a parte que falta, mas o pedaço que complementa.

Queria ser essa alma iluminada que desapega e aceita o que vem com gratidão, mas a criança que quer ser saciada e não contrariada vive em mim.

Me vejo selvagem, lutadora, um ser que coloca toda sua potência no querer. Quero agora e do meu jeito. O seu amor do seu jeito não conta, porque tenho fome. Quero você todo, inteiro à minha mercê.

E essa faceta é arbitrada por uma força apaziguadora e lúcida, em mais uma batalha pelo poder.

A paz implica renúncia. Seja a rendição, sejam medidas diplomáticas, seja o cessar fogo.

Deponho armas e busco a salvação da minha alma.

Amor bélico/ neurose de guerra.

Quem é você, soldado?

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