Quando me vi nua diante de você

Depus minhas armas e me vi nua. Eu me mostrei para você porque quis. Senti que era dona do meu destino e esse poder simplesmente me fez ver que eu já era completa, com ou sem você. Mas aquele momento era meu e seu, também. Vi nos seus olhos, embora suas atitudes dissessem outras coisas. Li o dito e o não dito e me atrevi, porque dizem que a vida é dos que se atrevem. Acho que você me viu por alguns instantes, mas não sei se matou a charada. Tudo bem. Se tudo fosse poesia, aquela seria uma escrita numa noite suja, boêmia, vadia, onde as pessoas e os corações se perdem na escuridão dos becos de suas próprias histórias. A sombra esconde o excessivo, mas deixa o essencial à mostra. É quando nos guiamos pelos sentidos. Por isso, pude ser só eu, nua, diante de você.

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