Transmutação
Transmutação. Metais ordinários em ouro. Vida amarga em pecaminosa guloseima. Tristeza em alegria desmedida. Como operar os milagres, transformar a nossa existência em algo que valha a pena?
É válido sorrir, quando a vontade que arde no fundo da alma é a de chorar compulsivamente? E correr, se o estímulo que se tem é para se acomodar, deitar, se entregar ao marasmo?
Penso, penso, reflito e não consigo chegar a nenhuma conclusão. Caso as pessoas digam: “Você é triste”! - o comportamento deve mudar, ser mais leve e afável, ou permanecer o mesmo, pois é sincero e é o que precisa ser evidenciado?
Cultivar sentimentos ruins como raras plantas certamente não é o segredo. No entanto, qual é a fórmula para tornar a alegria algo genuíno a brotar no coração?
Pequenos momentos intensamente vividos, escapadelas a inferninhos agitados, filmes agradáveis e conversas construtivas, passeios longos e solitários...talvez sejam alguns dos agitos que o caleidoscópio de nossas vidas precise para nos mostrar novos caminhos...
05/02/2005